sábado, 25 de agosto de 2012

O Beijo (1967) - Waldemar Cordeiro


amarvada | ! O  Beijo - 1967 ! Waldemar Cordeiro!

                              Objeto cinético eletromecânico O Beijo - 1967

Waldemar Cordeiro (Roma, Itália 1925 - São Paulo SP 1973).

Pintor, escultor, gravador, desenhista, ilustrador. Vem para o Brasil em 1946, instalando-se em São Paulo.

Em 1952, ao lado de Anatol Wladyslaw, Leopoldo Haar, Lothar Charoux, Féjer, Geraldo de Barros, Luiz Sacilotto, funda o Grupo Ruptura, que, no mesmo ano, expõe obras de caráter concreto e lança manifesto no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Com o objetivo de romper com a arte figurativa, o manifesto causa mais polêmica do que as obras expostas.

A partir da década de 1960, afasta-se do rigor concretista e começa a criar com base em objetos do cotidiano e sucata, obras denominadas por Augusto de Campos de popcretos.

Introduz no Brasil o uso do computador nas artes visuais. É considerado um dos pioneiros internacionais do uso do computador nas artes.

O beijo é uma obra singular na produção de Waldemar Cordeiro, pois introduz questões inéditas em usa condição de objeto cinético eletromecânico. O beijo sempre tem destinário: quem beija, beija algo ou alguém. O beijo de Cordeiro, no entanto, direcionado virtualmente para o observador, nunca atinge aquele a quem teoricamente se destina, pois a imagem da boca estilha-se durante a ação e dispersão dos fragmentos rompe com uma possível fantasia carnal suscitada pela textura da boca fotografada, revelando cruamente a natureza mecânica do frio objeto que é, composto por fios, placas, hastes e engrenagens.

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